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A variedade varia na linha de montagem!


Os robôs de fábricas sempre foram famosos por trabalharem certinhos, não comerem comida e não dormirem enquanto trabalham. A indústria de automóveis amou isso. Ela implantou os homens robóticos e viu sua produtividade aumentar rapidamente, na mesma velocidade de um braço mecânico.

Por mais que um braço mecânico possa colocar com precisão muitos tipos de peças, há uma coisa que as máquinas não conseguem fazer: colocar peças ou componentes personalizados. É neste ponto que entra o ser humano na história. A indústria ainda não dispensou os empregados que dormem, comem e trabalham com falhas. Pelo contrário, mais seres humanos estão sendo colocados a conviverem com robôs. Isto se deve ao fato de que apenas o seres humanos são capazes de personalizar específicos trabalhos. E detalhe: as personalizações são várias.

Na Classe S da Mercedes, por exemplo, existem quatro tipos de tampas para os pneus do carro. Como se não bastassem só os quatros pneus que o carro tem, há ainda as opções ornamentais de fibra de carbono e os suportes de temperatura controlada para qualquer tipo copo. São personalizações de enlouquecer o código de programação de qualquer robô.

Um robô precisaria se humanizar para conseguir graus de personalizações tão grandes assim. Este fato é uma mudança numa geração em que pessoas vem sendo substituídas por equipamentos robóticos em muitas empresas. Muitas pessoas já foram demitidas em função das máquinas, seja para assumir novas oportunidades ou para gritarem “estou perdido”. Considerando que a estimativa é de que 1,3 milhões de robôs industriais estejam funcionais até 2018, segundo informações (de fevereiro/2016) da Federação Internacional de Robótica (IFR), é possível que as demissões possam aumentar. Mas como as máquinas vão conviver com os seres humanos?

As máquinas não são boas em ficar realizando tarefas diferentes e personalizadas. Elas são especialistas em fazer a mesma coisa mais de um milhão de vezes. Encontra-se, então, as oportunidades do ser humano, capaz de fazer várias coisas, mesmo que não seja um milhão de vezes. Por isso, a nova tendência é não haver o abandono total dos empregados, pelo contrário, novas contratações vão surgir.

Conforme disse o chefe da produção da Mercedes Markus Schaefer, os robôs não roubaram o espaço das pessoas, pois não podem lidar com o grau de individualização e variáveis existentes. Além disso, a contratação neste caso pode gerar economia de dinheiro e mais gastos com comidas, porque é mais fácil e barato um ser humano diferenciar as cores azul, verde, amarelo e vermelho em tampas de pneu do que um treinar um robô para que consiga ler cores de peças de todo o tipo. O jeito é que homens e máquinas convivam-se.

Como disse o chefe de produção: “A variedade é demais para os robôs assumirem! ”

por Eric Ferreira

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